30 de out. de 2007

saga do corpo

pirilimpimpim O CORPO
ainda possuía vida, e se encontrava sentando debaixo de uma arvore. não vamos no centrar nele como pessoa. era um corpo e ponto.
pensava. uma galho caiu da arvore e atingiu a cabeça do corpo que logo deixou de ter vida. e é aqui que começa a leitura.
caido no chão, olhos abertos, expressão morta. foi lentamente perdendo a cor e o calor... e no chão, sem se mover passou algumas horas.
até q surgiu uma menina, viu o corpo, se aproximou, tocou, sacudiu, chorou, gritou e saiu correndo.
logo vieram mais pessoas, mas toques, mais choros.
pegaram o corpo e levaram pra umas outras pessoas que não choraram. despiu, limpou, penteou, maquiou, perfumou, colocou no cachão e encheu de flores.
passou algum tempo perto de velas e pessoas tristes.
a tampa se fechou.
agora o corpo era o banquete do tempo sem pressa.
fedeu, deteriorou, deu bicho, apodeceu.

18 de out. de 2007

dura duszomi

Hoje cedo... lá pelas 9:30h estava eu passando perto duma boca de fumo... a polícia passou e cismou comigo!
pararam o carro e vieram na minha direção:
- Vou te dar o papo certo: se tiver alguma coisa com vc, diz que agente resolve, pois se eu procurar e achar vc vai levar um esculaxo!
Eu disse q não tinha nada. Eles não acreditaram. (nunca acreditariam) e Começou a revista!
primeiro todos os bolsos. Nada!
Depois pelo elástico da calsa. Nada!
Olharam até dentro da cueca. (isso em via pública!) além do meu pênis e pentelhos. Nada!
E rolando o terror psciológico.
- Ta com medo da gente achar alguma coisa? Entraga logo!!!!!
Disse o polícia malzinho. Já repararam que numa viatura sempre andam 2: um mal e outro mais calmo e controlado? Geralmente um mais corrupto e outro mais honesto.
Começou a revista na mochila. Nela acharam duas pastas. Uma de estágio com projetos e outra da monografia. Será que eles tem idéia da visão semiótica do hibridismo de linguágens artísticas?
_ Faz faculdade?
_Sim. De Artes Visuais!!!!
Acharam tb um copinho desses de isopor dessas máquinas de café expresso.
_ Venho colecionando esses copinhos com objetivo artístico. (me olharam de lado)
Pegaram a minha agenda lotada de compromissos.
_Por favor, não sacuda, há muitos papéis soltos ai dentro.
Pegaram a minha carteira.
_ Venha acompanhar a revista da carteira!
Fui.
Viram uma nota de 5 reais.
_ Essa nota é pra comprar uma dola de maconha né viciado?!
(meu silêncio foi a resposta)
No fim da revista da molchila acharam os objetos que poderiam me condenar: um colírio (o Moura Brasil, esses de maconheiro) e um isqueiro.
Mas por incrivél que pareça não falaram nada dos meu artefatos.
Depois de um sermão fui liberado... como disse, não tinha nada de errado comigo!
vim pra casa com vontade de rir.
segunda vez que levo dura duszomi e não acham nada!
tive sorte!
desta vez....

9 de out. de 2007

alecrim

gota
gotas
água!
alecrim alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeadoooo oooohhhh meu amor oooohhh meu amor quem te disse assim quem te disse assim que a flor do campo não é o alecrim alecrim alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeadooooo oooohhhh meu amor oooohhh meu amor quem te disse assim quem te disse assim que a flor do campo não é o alecrim ... (infinito)
ontem tomei chá de alecrim com mel... do calho que quebrou sem querer. ainda mais na lua minguate. (coitado) na lua nova vou poda-lo e aduba-lo e na lua cheia farei um chá com os calhinhos que estarão secando ao sol! adocerei com mel.
gota
gotas
água!
alecrim alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeadoooo oooohhhh meu amor oooohhh meu amor quem te disse assim quem te disse assim que a flor do campo não é o alecrim alecrim alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeadooooo oooohhhh meu amor oooohhh meu amor quem te disse assim quem te disse assim que a flor do campo não é o alecrim ... (infinito)

5 de out. de 2007

Poema

- ISSO (para Tunga)-

a queda dos dentes de leite,
o oco do sino,
a sinédoque, o sem nome do que é
(o buraco),
o botoque na boca,
a dor
(o adorno),
o buraco do lábio onde o botoque cabe,
a boca do sino
(mais espaço entre a perna e o tecido),
o que faz fazer sentido,
o osso,
o espaço entre o pé e o passo
(quanto mais perto do olho menos se vê),
as pedras do chocalho,
o chacoalho dos transportes terrestres sobre as pedras,
o coalhar do leite,
a queda dos dentes,
o desmame
(o desmesmo),
a amnésia cotidiana,
o oco da caixa craniana,
o ovo do sino
(o badalo),
a sombra do símbolo,
a lembrança da silhueta do semblante,
o silêncio dos pêndulos,
o silêncio de todas as coisas que dependem de tempo,
a transparência das pálpebras,
a letra agá,
o desagá,
o lapso entre a gagueira e o eco,
a bomba agá,
a desagregação das células,
o nunca entre uma verdade e a verdade,
o nunca entre as idades,
o aqui do corpo
(o agá da hora),
o oco do coco,
a engrenagem de "uma só peça,
a cópula de um só corpo,
o oco da cabaça
(a água),
o aquilo,
o cabaço da cabeça,
o cérebro do sexo,
o excesso do zero,
o si do sino,
ei no,
no translation
(a mensagem de si para si),
a circuncisão,
o siso, o apêndice
(o que se diz sobre o que se disse),
a repetição,
o pênis,
a repartição dos genes,
a extração do minério,
o funeral do membro amputado,
o apartar depois do amolecimento,
a contração do parto,
o contra-contrário,
a anti-antítese,
o duelo dos elos,
o des-destino
(o oco da sina),
o embalo que nina,
o soco do sono,
a queda dos ossos no leito,
o nunca entre o cansaço e a preguiça,
o menos do badalo maciço no pouco do sino,
o nunca entre os sinônimos,
os nomes do anônimo,
o furo,
o cu do escuro,
a cova do vivo,
o cu do vácuo,
o cadáver futuro
(a fartura),
o olho da agulha,
o espaço entre o olho e a coisa
(o tempo preenchido),
o corpo prenhe,
o ubre cheio,
o desmaio do meio,
o black out do leite no seio,
o cadáver prematuro
(a fratura),
o agora fora de seu agouro,
o oco de fora
(o eco do sino),
o si fora de si,
o ultra-som do raio x,
a casca (da casca),
a hóstia,
a ostra
(a crosta da pérola), a última pétala da primavera,
a boca banguela,
o casco da caravela,
a outra margem do mar,
(a marca) da marca,
o oco do signo,
a queda do dente de luto,
o novo continente,
o velho conteúdo.
Esse poema é do Arnaldo Antunes, um dos artistas que mais admiro... esse poema faz refêrência ao universo poético de Tunga, um dos mais importantes artistas plásticos brasileiro!

4 de out. de 2007

eu sonho?

as vezes meus sonhos ficam dentro do meu travesseiro ou durnate o decorrer dos primeiros minutos depois de acordado escorrem quase que imperceptivelmente pelas narinas e pelos ouvido.
"meu mundo dos sonhos"
sonhos sem sentido.
sentidos corrompidos
pessoas, cenários, funções trocados, embaralhados
imagéticos!!!
sublimação simbólica
abstrato d+.
será que eles se fazem assim para me enganar? Dificultar?
imagens e sensações abstratas são difícis de memorar... contar.
não adianta abrir meu travesseiro, lá dentro só há penas de pato!
e não adinata entupir narinas e ouvidos com algodão.
eles sempre se dissipam e o q resta é um resquício de sensação de sonho imaginado.

2 de out. de 2007

terça-feira específica

Pois é NADA... mais uma vez aqui escrevendo! (desculpe vc q lê mas escrevo pro nada)
deveria estar fazendo um caralho de coisas úteis. mais o combustivel criativo (falso mais criativo) instalou em mim por livre e espontânea vontade, e como estou numa fase (essa coisa de fase é absolutamente ridiculo) de revisitar minha solidão, por isso estou aqui lutando com letras.
não tenho assunto mais tenho vontade de espressão... e todos acham q pelavras, por serem palavras, codigos convecionados para reger a comunicação humana, deve comunicar, dizer, ter uma certa coerância.
é terça-feira, tenho aula daqui a pouco, uma monografia pra fazer, coisas pra adiantar, e deveria levrar uns textos para aula... e liguei o foda-se!
saí do trampo e bebi cervajas, muitas cervajas, falei merda, exculhambei tudo!
revolta? tensão? estresse?
tudo junto!
crise de final de curso? todos falam q tem! Talvez esteja vivendo isso... suo nas axilas.
to cansado desse mundo q vivo... as vezes me dá vontade de chamar antônio, ser casado com uma mulher q deixei de amar faz tempo, mas continuo com ela por causa dos filhos q temos juntos. Amar admistração de impresas e meu sonho é ter uma cargo alto em uma empresa qualquer!
...
...

1 de out. de 2007

to numa revolta maluca!
to cansado de olhares fúteis e superficiais... ta certo q talvez estaja criando em volta de mim mesmo um castaelo de vidro... cada vez mais inatingível... me protejendo.
mas fico puto com observações simplistas, ignorancia, despreso.
talvez ainda descubra q sou fundamentalmente só... mas esse carma do "incompreensível" cansa.
me exponho, faceto meu ser, evidencio meus poros, meu corpo tem uma assinatura... não tem discurso, não produzo narrativas!
Os idiotas sempre procuram narrativas!
manchas, poros, pêlos por mais icônicos q sajam já são!
e o significado q isso constitui diante dos meus olhos. mas são a droga dos meu olhos. queria entrar e me perder em mim mesmo e nada mais.
um dia abrirei meu peito e as pessoas poderão ver meu corração batendo e esguichando sangue vermelho em suas caras de pastel, ai sim estarão diante de mim, vendo aki dentro!
meu corpo se move no espaço... num precisa ter lógica sabe? movimento é movineto e pronto.
o q quero dizer com isso?
porra sei lá!
beco sem saida e sufocante esse q me meti. não sei o caminho de volta e nem quero procurar.