Carnaval 2014 - Carlos Euler
Carlos Euler, lugar onde o passado vívido e brilhante habita um futuro desejado e o momento presente é sempre, ou quase sempre pleno.
Hoje caminhei sozinho pelo trilho do trem. fui subindo em direção a augusto pestanta... vou até o final daquela grande reta. viro a curva e ando até a próxima curva. montanhas me rodeavam, com seus verdes agora pintados de roxo das quaresmeiras e amarelo dos ipês. olho em volta em volta não vejo seres humanos em todas as direções e minha vista alcança. só rochas, vegetais e talvez alguns animais me observavam. sinto-me dilatado. ótimo estado de pensar sobre a vida. a vida que me vem em ar puro e com cheiro de mata para meu nariz, vida que vem pelos sons de aves, riachos e vento movendo a vegetação. vida. que vida tenho? esse trilho que venho seguindo ta me levando pra onde eu quero? aproveito e faço planos que sempre envolvem essas montanhas. montanhas que me trazem uma nostalgia secular, acabo planejando o passado do meu futuro, neste caso o presente que é caminhar no trilho.
outro momento de solitude foi caminhar nas ruas de cidade de noite. sábado de carnaval, e nenhuma alma vida na rua. friozinho noturno de montanha. corujas e seus piados encantados, grilos frenéticos e sapos ritmados... o cheio do ar noturno invade o pulmão e penso em várias pessoas. não quero elas perto de mim naquele momento, quero te-las em mente. alguns postes estregados deixam um trecho da rua num breu total. caminho e o olho o céu em explosão de estrelas. estrelas e pessoas na mente. lembro de fatos e planejo acontecimentos sonhados.
conclusão:
algo precisa mudar, ou morrer para que a ordem interior se re-estabeleça...
Agora aqui em Euler, na casa da vó Zelinda, tem internet. Ótima oportunidade de postar aqui no blog... chove frio, e a janela pro quintal esta aberta... anoitece lá fora.
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