30 de jan. de 2007

impuro

espremo
torço
e escorrem essas palavras...

aperto o passo e não vejo em volta... corro cego
adianto os ponteiros com o dedo

lua q andava sumida
ilumina...
luzes dos postes
ilunina...

engulo o A para não gritar
e a fonte seca
da eco no vazio do peito


deito, levanto
planto

espero

impuro

murmuro

e me calo

11 de jan. de 2007

de banho tomado mas inodora
de bochechas vermelhas mas gelada
tão proxima mais intocável, protegida por uma redoma de vidro e iluminada, muito iluminada
sofás almofadas macios pijamas pedra
das alturas ve tudo e todos de cima, divinizada gestora de si
bate as portas com força vomita no cocho
na repulsa de si, espulsa de si amores
se perde ao lado
se acha fantástica
muda tudo
cai dentro de si
e vira outra
insípda