28 de nov. de 2009

um rastro

aquele reencontro consigo mesmo
no engoísmo dos momentos portatrancada
a vontade
cai a pele
somem as máscaras
a buscaprocura de algo
algo sempre indefinido
a insiração inspirada
a composição trucada
a rima q não existe
por motivos q deveriam ser óbvios
em momentos q eu sou um ser maior
um ser quase independente de minha vontade
a vontade
sengue esposto
mastigo minha lingua
engulo a linguagem
arroto sentido
um ser etério sobre o qual não teho controle
tento tocar na poesia
mas ela é uma nata q cobre a vida
frágil e as vezes indesejavel
não sei como seguir
rima
proponho silencio
de uma garganta ferida
por aspirações inconfessas
pretendo ser verborrágico
na minha manera sucinta
de processar as coisas

16 de nov. de 2009

pequeno abismo

hoje fui surpreendido por um vento gélido do norte
passou por mim levando o calor e alegria
quase que sem motivo uma bola foi se formando na altura da boca do estômago
costumo chamar de angustia
daquela que a vontade é gritar ou fazer alguma coisa louca
como rasgar toda tela do cinema com navalhas
daquela que me faz pensar em lugares sombrios e húmidos
em becos apertados
vontade te ter um motivo para chorar
me entorpecer, embreagar
estou sentindo falta de outras realidades
de transcender a banalidade massacrante dos dias normais
hoje em mim reina aquele humor delicado dos dias de rinite
um bomba relógio
uma máquina pronta pra ter um piripaque, soltar faíscas
engulo o grito, não rasgo a tela
não acho motivos e nem entro em becos
sóbrio eu me deito
escrevo por fim

4 de nov. de 2009

dread

é a novidade que brotou na minha cabeça
na pulsante reunião lunar
feito no instindo por negras mãos amigas
para fisicarlizar o tempo de meus cabelos