3 de mar. de 2014

Carnaval 2014 - Carlos Euler

Carlos Euler, lugar onde o passado vívido e brilhante habita um futuro desejado e o momento presente é sempre, ou quase sempre pleno. Hoje caminhei sozinho pelo trilho do trem. fui subindo em direção a augusto pestanta... vou até o final daquela grande reta. viro a curva e ando até a próxima curva. montanhas me rodeavam, com seus verdes agora pintados de roxo das quaresmeiras e amarelo dos ipês. olho em volta em volta não vejo seres humanos em todas as direções e minha vista alcança. só rochas, vegetais e talvez alguns animais me observavam. sinto-me dilatado. ótimo estado de pensar sobre a vida. a vida que me vem em ar puro e com cheiro de mata para meu nariz, vida que vem pelos sons de aves, riachos e vento movendo a vegetação. vida. que vida tenho? esse trilho que venho seguindo ta me levando pra onde eu quero? aproveito e faço planos que sempre envolvem essas montanhas. montanhas que me trazem uma nostalgia secular, acabo planejando o passado do meu futuro, neste caso o presente que é caminhar no trilho. outro momento de solitude foi caminhar nas ruas de cidade de noite. sábado de carnaval, e nenhuma alma vida na rua. friozinho noturno de montanha. corujas e seus piados encantados, grilos frenéticos e sapos ritmados... o cheio do ar noturno invade o pulmão e penso em várias pessoas. não quero elas perto de mim naquele momento, quero te-las em mente. alguns postes estregados deixam um trecho da rua num breu total. caminho e o olho o céu em explosão de estrelas. estrelas e pessoas na mente. lembro de fatos e planejo acontecimentos sonhados. conclusão: algo precisa mudar, ou morrer para que a ordem interior se re-estabeleça... Agora aqui em Euler, na casa da vó Zelinda, tem internet. Ótima oportunidade de postar aqui no blog... chove frio, e a janela pro quintal esta aberta... anoitece lá fora.

23 de mai. de 2011

segunda-feira

dia útil
palavras que são proferidas e escapam sobre os muros, atravessa pelas cercas, entra pela porta aberta para o corredor, ou param na cozinha com suas cozinheiras. grito "voz". digo quieto. bato na mesa viro as costas e tomo café.
o depósito de espectativas nos dias, na conta corrente...
muito trampo
a voz bete pelas paredes e carteiras... rebatem até mim. o desinteresse me encomoda, se eu gritar a voz sai pela janela e amanha terei q gritar mais alto. ameaço com o giz que sempre quebra e quebra e faz pó um pó q enlouquece
a grafia os gestos movimento senta ae presta atenção qualidade gráfia vou encher o quado de metéria estrutura como significado
vai e vem o tempo passa

6 de mar. de 2011

?

será q não existe nenhuma fagulha por aqui? nem uma semente, embrião, particula de energia que promova algum movimento nessa inércia? o solo sempre tendeu para para a seca, mas desta vez as rachaduras estão virando fendas. me preocupa que daqui a pouco possam haver abismos.
não está tudo bem de mais para que eu reduza.
não está tudo mal de mais para que eu morra.

7 de jun. de 2010

estar / movimento

o tempo a ausencia as lacunas os abismos q sempre se criam no silêncio espaçam a memória, o fuxo da existência ralenta, inspiração no nada. é seco como o solo rachado do nordeste. sem memória de si em criações.

17 de mar. de 2010

o que é, o que é?????

um pontinho branco no meu coração?

13 de mar. de 2010

produzo:

catarro, meleca, pigarro...

10 de mar. de 2010

esperança

enfim, algo parecido com uma lágrima, brotou dos meus olhos...

bagunça interior

tentei pensar, mas na caixa craniana tinha um coração pulsando desesperadamente, acabei descobrindo meu cérebro sendo digerido dentro do meu estômago, que não esta no seu devido lugar, ele se encontra entalado na minha garganta. por isso tenho tido vontade de chorar sem lágrimas sairem pelos olhos. daí cheguei a conclusão que tenho chorado pelos poros todos...