25 de fev. de 2010

o ovo apunhalado - revendo caio

"então eu te disse que me doíam essas esperas, esses chamdos que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem palavras e às vezes nem a pessoa exatas. e que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse. disseste de repente que precisavas ter os pés na terra, porque se começasses a voar como eu todas as coisas estariam perdidas. a droga corria em meus adentros abrindo sete portas entorpecendo o corpo e fazendo cintilar a mancha escura no centro de minha testa. mas eu te ouvia dizer que sabias ser necessário optar entre mim ela, e que optarias por ela por comodidade, para não te mexeres daquele canto um pouco escuro e um pouco estreito, mas teu - e que optarias por ficar comigo porque a minha loucura te encantaria e te distrairia, embora precisasses te agitar e negar e ouvir e sobretudo compreender novamente tudo todos os dias. e disseste que optavas por mim. eu ja sabia. por isso não te disse que comigo seria mais difícil do que com ela. porque sabias também que todos os de-repentes eu estaria abrindo as asas sobre um desconhecido talvez intangível para ti."

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial